Ainda vale a pena investir em fotografia?
Hoje em dia a grande maioria das pessoas tem acesso a um celular com câmera e as imagens estão se tornando a cada dia mais banais. E diante desse cenário, a pergunta que surge é: Ainda vale a pena investir em fotografia? O fotógrafo profissional ainda se faz necessário? Ainda faz sentido apostar na produção de fotos em formato físico? A minha resposta é sim, sim e sim!
Vasculhando fotos antigas da família, tive ainda mais certeza sobre a importância do meu trabalho na construção de memórias, que não tem prazo de validade e podem ser passadas de geração em geração. A primeira coisa que me veio a mente nesse momento foi um questionamento que faço durante a realização de um trabalho: Que história essas pessoas querem contar?
Fotografia x Imagem
Embora as duas palavras sejam usadas para falar sobre a mesma coisa, a fotografia é, em sua essência, diferente da imagem.
As imagens se tornaram algo fútil em nosso dia a dia. Aquele registro do cafezinho, da paisagem, do livro. Coisas que passam pelo nosso feed e são imediatamente esquecidas.
Fotografia é construção de memórias, é o registro de algo real, é a criação de significado para algo ou alguém. “Uma fotografia é um instante de vida capturado para a eternidade”.
Amador x Profissional
Enquanto um amador apenas clica e registra uma determinada situação, o fotógrafo profissional tem a sensibilidade de capturar todos os sentimentos existentes em uma cena, registrando a emoção real do momento.
Além de toda a qualidade técnica, criatividade e superioridade no resultado final, um profissional carrega consigo “todos os livros que leu, as os filmes que viu, as músicas que ouviu e as pessoas que ama”.
Papel x Digital
Você tem o costume de relevar as suas fotos? Hoje em dia isso parece meio ultrapassado, não é mesmo? Tudo é armazenado nas nuvens, em arquivos digitais ou até mesmo mantido nos celulares. Mas e depois? Você volta a visualizar essas fotografias? E qual é a garantia de que elas estarão ali para sempre?
Clicamos o tempo todo e as imagens se tornaram descartáveis, sendo excluídas sempre que nossos aparelhos estão cheios. E nesse movimento tão normal corremos o risco de perder aquele registro da gravidez tão esperada, da primeira ida a praia, daquele feriado inesquecível.
Você se lembra da sensação de folhear um álbum, tocar nas fotografias ou admirar uma cena reproduzida em um porta-retrato? Essas são, sem dúvidas, experiências únicas que devemos preservar.
E você, que história quer contar para os seus filhos no futuro?
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